Esse aí é um das antigas. Da época, em que os bancos estavam em greve e blá blá blá...Espero que gostem...
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Agora os bancários resolveram fazer algo pra obter seus direitos, melhorias nos benefícios trabalhistas e ajuste salarial. Pelo que eu tenho ouvido isso tem funcionado, tanto que eles terminaram a greve. Então resolvi subir na tribuna, dar um peteleco no microfone pra ver se ele tá ligado, e anunciar que entramos em greve. Vamos meus camaradas(rs), juntos, vamos buscar nossos direitos e futuramente mudar o mundo(que moleque altruísta)!!!
Estamos em greve:
Para os políticos que só aparecem pra sujar as ruas com placas e cartazes e pra chorar votos. Para motoristas mal-humorados. Para idosos que na verdade se tornam verdadeiros velhos quando querem entrar na frente de todo mundo na fila normal do banco, sem falar nada, e abrem o berro se alguém reclamar. Para o pedaço de carne que fica preso entre os dentes. Para o sinal da Rio do A com a Rio-São Paulo que fica fechado durante três longos minutos. Para pessoas superficiais que seguem o padrão do "oi", "td bem?" e "novidades?", limitando-se só à isso. Para os recados automáticos do orkut. Para os ônibus lotados que nos deixam como cães sem dono, querendo que alguém segure nossa mochila. Para os BuddyPokes do orkut(a multidão entra em delírio quando o cara do discurso diz isso, rsrsrs). Para os jogos que travam quando estamos quase virando. Para os DVDs que vivem picotando nas cenas que explicam todo o enredo do filme. Para as pessoas que nunca reparam que estão fedendo. Para as mulheres que tem bigode e acham que são gostosas. Para os fins de semana em casa sem nada pra fazer, e ainda por cima com a safada da depressão do lado de fora querendo entrar. Para os "miguxos" que não tem medo de confessar e dizem "xi amull", "xi doluu", "pla sempli", e outros dizeres de orkut e msn que foram criados por pessoas no mínimo estranhas. Para quem ouve música ruim, funk, Latino, Calypso, e afins, do seu lado achando que você é obrigado a ouvir, e que nem demonstram interesse pelo pobre do fone de ouvido, uma ferramenta tão útil nesse nosso mundo globalizado. Para pessoas que não usam o maldito do celular, e só usam ele pra enfeitar o lado de dentro do bolso. Para teclados desconfigurados. Para blusas com furo na parte de baixo do braço. Para as calças que ficam pescando demais, ou que ficam caindo demais. Para as viagens que a gente esquece o miserável do cinto, ou a escova de dente. Para os boyzinhos que se acham um "Vital" da vida e se acham o "total" com sua "moto" no "seu sonho de metal" e acham que podem tudo. Para o danone que estragou porque nossa mãe mandou deixar pro irmão, só que o safado não tomou. Para a espera eterna da Resposta Daquela Pergunta. Para o cheiro de barata no copo do restaurante. Para as pessoas que acham que sabem tudo, acham que estão certas e odeiam ser corrigidas. Para quem se omite e não diz o que pensa. Para professores orgulhosos que não reconhecem quando erraram e passaram uma questão errada, e não colocam a opção NDRA, ou NRA dependendo do gosto do leitor. Pra pessoas que só sabem zoar falando sempre a mesma coisa e nunca tem criatividade pra inventar uma parada nova. Agüentar um palhacinho desses é fácil, mas a gente se sente até mal quando percebe que ele tá ficando sem-graça. Para a espera de sinalização dos trens. Para as feias que nos olham achando que estamos dando mole pra elas. E ficam cochichando segredos no ouvido das amigas, mais feias que elas, e após se falarem ficam rindo, e pra piorar passam por nós falando que vão estar lá fora esperando(grito agonizante de desespero). Para os relógios na rua que mostram os graus quando mais precisamos saber a hora. Para os namorados ou noivos que fuxicam nosso orkut, só pra saber quem foi o sujeito que mandou um recado educado ou simplesmente adicionou suas namoradas ou noivas, como se isso fosse um lembrete ou algum tipo de aviso. Para o dia em que achamos que os atrasados vão seguir a rotina e acabamos perdendo a viagem. Para os vendedores que forçam a barra e tacam mais coisas pra comprarmos: “Quer levar uma meinha não?”, “As bermudas tão maneronas cara!”, “Dá uma moral aí pro teu amigo!”. A forma mais simples de estragar uma boa venda, e perder a simpatia do cliente. Para os professores que insistem em morcegar na sala de aula, justamente no dia em que resolvemos tomar vergonha na cara, estudar, e ser alguém na vida. Para o ônibus que quebra naquela serra, que eu esqueci o nome, que vai pra Barra. Para a bateria do celular que acaba quando estamos conversando com alguém importante e sobre algo importante. Para quem canta desafinado, e num belo dia aparece no “Ídolos”, pra ouvir em rede nacional aquilo que os familiares e amigos não falaram. Para a foto que nunca sai como a gente queria. Para o idiota que resolve matar o mosquito justo no momento em que ele pousou na sua roupa branca. Para o vendedor de calçados que alarga o tênis, só porque aquele é o único número que tem, pra não perder a venda. Para quem fala do que não sabe. Para quem força uma personalidade rebelde, só porque é modinha vestir preto e deixar o cabelo estranho. Para aquele que ensina e acha que não tem mais nada a se aprender, principalmente com os que ele ensina. Para o sonho que acaba na melhor parte. Para beber café sem açúcar. Para o copo de guaraná dentro da geladeira e que a gente só descobre que é óleo depois de tomar. Para a violência exagerada no mundo. Para a comida exagerada no nosso prato que sobra, e vai pro lixo. Para o conformismo ao ver mendigos jogados nas ruas. Para o nosso preconceito fútil. Para a falta de respeito mútuo. Para os momentos que não podemos fazer tudo que gostaríamos de fazer pra tentar melhorar as coisas. Para as autoridades que se deixam vender, e para nós mesmos que as compramos na cara de pau, e às vezes sem nem perceber. Estamos em greve quando não temos opção de candidatos à cargos políticos, por falta de confiança e decepções em excesso. Quando vemos o Brasil evoluindo somente num papel cheio de gráficos e números. Quando o presidente sobe em um palanque só pra fazer piadas. Quando vemos um político apertar nossa mão na rua, pra nunca mais na vida se dar o trabalho de fazê-lo, e só vermos ele na TV. Estamos em greve por saber que os únicos que tem seus empregos garantidos, no período de dois em dois anos, são os garis. Até mesmo porque não é um professor, um técnico de informática, ou um operador de telemarketing, que limpam as sujeiras que a PoLiTiCaDa faz. Mas ao mesmo tempo que isso é uma crítica, também devo parabenizá-los por cumprirem algo que eles prometem sem nem mesmo terem sido eleitos. Os funcionários da Comlurb devem ficar aliviados quando encontram o papelzinho do Zezinho do Povo, no prato de comida. Quando encotram o Betão estampado em dois quilômetros de muro. Quando vêem a Uruguaina como um imenso tapete colorido, e se sentem os mais importantates do mundo por saber que tem muito trabalho a ser feito. E para finalizar meu discurso, gostaria de agradecer em nome de toda a nação Comlurbiana: De coração, muito obrigado candidatos!
:D
