Como de mal costume, fiquei uma semana sem postar alguma coisa, e como da última vez vou tentar fazer duas postagens pra compensar.
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Me lembro como se fosse hoje. Eu devia ter uns 8 anos e tinha acabado de chegar da casa de uma tia minha. Desci do ônibus, a rua deserta, meu pai segurando minha mão com firmeza antes de atravessar. Era noite, e não havia um sinal de vida na rua, além dos gatos que se equilibravam por cima dos muros. Ao menos, era isso o que minha mente inocente imaginava. A rua era mal-iluminada ainda naquela época, e o silêncio só foi quebrado por uma mãe que gritava o nome de seu filho. Mal sabia ela no que seu garoto estava metido.
O grito daquela mãe foi o convite para eles saírem de seus esconderijos. Não demorou muito pra ouvir os chinelos estalando no chão enquanto os garotos corriam...da polícia.
A gritaria se iniciou e tiros latejavam nos portões das casas. Gritos de dor ao serem atingidos por tampinhas de garrafa, armas de madeira e elástico em mãos, e correria, muita correria.
Não demorou muito pra um policialzinho fanfarrão gritar multa só porque um bandidinho maltrapilho tinha fugido da cadeia.
Na mesma hora corri até em casa, troquei de roupa, peguei meu saco de tampinhas de garrafa e minha arma de madeira com elástico, e fui...pra pista.
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Tenho certeza de quem viveu essas coisas, sente uma saudade enorme dessas épocas, em que crianças não eram tão obesas, em que os donos de lan-house trabalhavam em vídeo-locadora, e em que que a infância era realmente uma coisa absurdamente fantástica.Brincar de polícia e ladrão com aquelas armas de madeira feitas em casa, pregadas com elástico na frente, com um pregador atrás, e que atiravam tampinhas de garrafa, era uma verdadeira diversão.
É uma pena que essas brincadeiras hoje tenham sido extintas.
Comenta logo nessa bagaça!!!
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